“O céu é o limite para nós”, diz Renata Gil sobre as inovações no Direito
Magistrada participou de live do Instituto New Law sobre a tecnologia e a Justiça Brasileira.
O Instituto New Law, empresa de pós-graduação online em Direito, vanguardista na aplicação de metodologias de Ensino inovadoras, em parceria com a Escola Nacional da Magistratura (ENM) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), realizou, nesta quinta-feira (19), webinar sobre a tecnologia e a Justiça Brasileira. Renata Gil, presidente da AMB, ressaltou a característica visionária da New Law, bem como de muitos juízes brasileiros, mediante os milhões de processos que não poderiam ficar parados, durante a pandemia.
“Os juízes são muito criativos. Alguns começaram a fazer audiência inclusive pelo WhatsApp. E houve um combinado e assentimento dos advogados e das partes, tudo documentado com um termo de conferência, declarando que estavam cientes de que essa forma não geraria a nulidade do processo, e isso funcionou e tem funcionado especialmente para juizados,” destacou.
O evento abordou o caso das audiências virtuais. Em pauta, os caminhos do Judiciário diante da tecnologia: “para onde apontam?”. A reflexão foi levantada por Erik Navarro, juiz federal e coordenador do New Law. A presidente da AMB relembrou ainda ter sido uma das primeiras a realizar audiências virtuais no seu estado, há 10 anos. Na época, o Brasil não discutia digitalização dos processos. Para ela, a praticidade da tecnologia foi acatada pela maioria dos juízes brasileiros.
A magistrada também lembrou que, só durante a pandemia, aproximadamente 10 milhões de sentenças foram proferidas. A campanha #AJustiçaNãoPara continua e é um sucesso. “O céu é o limite pra gente. Eu não sei qual tecnologia usaremos, mas não acho que, nós, juízes ficaremos limitados a uma só plataforma,” destacou a presidente da AMB. Renata Gil também ressaltou que está em contato com empresas de tecnologia para juntos, planejarem estratégias e ações para o Ensino e o Poder Judiciário.”, afirmou Renata Gil.
Quando indagada sobre o futuro, Renata advertiu: “O futuro é tecnológico, mas não podemos abrir mão das audiências que necessitam ser presenciais. O trabalho do juiz é um trabalho de caráter humano, é preciso, em alguns casos, estar diante das partes.” A afirmação chamou a atenção dos demais colegas como a do conselheiro do CNJ, Henrique Ávila, reiterando obter o mesmo posicionamento quanto ao Direito do futuro.
por Escola Nacional da Magistratura, em 20 de agosto de 2020