ENM discute parceria educacional com a Escola Judicial do TJMG
Cooperação permitirá a oferta de cursos e atividades formativas
A Escola Nacional de Magistratura (ENM) iniciou tratativas com a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), vinculada ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para o desenvolvimento de atividades acadêmicas que beneficiarão os magistrados, especialmente por meio de cursos de capacitação, formação e aperfeiçoamento em instituições renomadas, no Brasil e no exterior.
O evento foi realizado no Gabinete da 2ª Vice-Presidência do TJMG e contou com a presença do diretor-presidente da ENM, desembargador Nelson Missias de Morais; do vice-diretor-presidente da ENM, desembargador Caetano Levi Lopes; do 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Saulo Versiani Penna; do superintendente adjunto da Ejef, desembargador Maurício Pinto Ferreira; do diretor executivo de Desenvolvimento de Pessoas (Dirdep) da Ejef, Iácones Batista Vargas; e da assessora Gina Chaves.
O desembargador Nelson Missias de Morais destacou que a parceria entre a ENM e a Ejef é fundamental para a qualificação de magistrados e servidores. Um dos resultados esperados será a oferta do curso de Formação de Formadores (FoFo), que visa o aprimoramento técnico-científico, cultural e humanístico daqueles que desejam atuar no ensino e na transmissão do saber.
“Além da possibilidade de disponibilizar o acesso a todos os cursos da ENM, acabamos de confirmar a realização simultânea de três FoFos, nos níveis 1, 2 e 3, em Minas Gerais, no mês de maio. É a primeira vez na história que realizamos três FoFos ao mesmo tempo. Dessa forma, atendemos a uma preocupação do 2º vice-presidente, Saulo Versiani Penna, que busca preparar o máximo possível de juízes como formadores”, explicou.
De acordo com o vice-diretor-presidente da ENM, desembargador Caetano Levi Lopes, o contato entre escolas judiciais, universidades e outros centros de ensino é essencial para fortalecer o Judiciário. “Vivemos uma época em que a velocidade de informação e conhecimento é enorme, e os magistrados precisam acompanhar essa evolução. Sempre que for possível oferecer essas oportunidades, as escolas têm o dever de fazê-lo. É uma excelente notícia para a magistratura mineira”, ressaltou.
Investimento na formação
O desembargador Saulo Versiani Penna destacou que a aproximação entre a Ejef, a mais antiga Escola Judicial do País, e a ENM, a primeira escola associativa do Brasil, “é um passo importante para que possamos oferecer ao nosso público uma formação extraordinária, tanto no campo das ações educacionais especializadas quanto no de pós-graduação lato e stricto sensu”.
Ele também ressaltou que as experiências das instituições são diversas e podem se complementar. “Há especificidades em nossas atuações. Na condição de escola de governo, de natureza pública, enfrentamos barreiras que podem ser superadas com a efetivação dessas parcerias. Trata-se, inclusive, de uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira (Enfam)”, pontuou.
Segundo o desembargador, a expectativa com essas cooperações é alcançar novos patamares de excelência nas ações educacionais. “Já existe uma parceria entre a AMB e a Enfam para a oferta de cursos de formação. Ao abrir essas oportunidades a magistrados e servidores do TJMG, esse conhecimento será multiplicado, beneficiando a justiça e a sociedade mineira”, enfatizou.
Outras parcerias
Na ocasião, foi realizada também uma reunião com o Instituto Universitário do Rio de Janeiro (Iurj) para estudar parcerias que ampliem o acesso de magistrados e servidores a ações educacionais. Representando a instituição, estiveram presentes o chanceler Simão Aznar Filho e a diretora-geral Carla Dolezel Trindade.
Para a diretora-geral, a possibilidade de trabalho conjunto “é uma honra”. “Minas Gerais é um grande estado do Brasil, e é muito importante estabelecer essa parceria para capacitar cada vez mais os juízes, especialmente em cursos que promovam uma visão mais internacionalizada, melhorando, assim, os julgados e a prestação jurisdicional”, afirmou.
por Escola Nacional da Magistratura, em 4 de dezembro de 2024