Ciclo de Palestras Debate Regularização Fundiária Brasileira

ENM busca fomentar a discussão sobre os desafios da regularização urbana e rural no Brasil.
O Ciclo de Palestras “A AMB/ENM e a Regularização Fundiária Brasileira” discutiu maneiras de desburocratizar e agilizar a regularização de terrenos no país, tanto em áreas urbanas como rurais.
Na abertura da palestra, o Desembargador Caetano Levi Lopes, Vice-Diretor Presidente da ENM, discutiu problemas e soluções da regularização fundiária urbana, segundo o Magistrado um “problema grave que demanda atenção”.
De acordo com o Desembargador, novas políticas podem solucionar este antigo problema. Ele destacou a Lei 13.465 / 2017, que instituiu a REURB (Regularização Urbana), como uma medida que pode auxiliar no combate à falta de destinação adequada de espaços urbanos.
“A Lei 13.465 / 2017 procura equacionar este problema ao criar esse programa de Regularização Fundiária Nacional, e a Escola Nacional da Magistratura tem procurado fomentar essa discussão”, afirmou o Magistrado.
Segundo o Vice-Diretor, a ENM produziu eventos, cursos e também planeja oferecer um curso de pós-graduação sobre este tema, o qual representa um grande volume de ações judiciais. O Magistrado destacou a parceria da Escola com a FAO (Agência da ONU para a Agricultura e Alimentação) para tentar equacionar este problema.
Na segunda parte da palestra, a Juíza Ticiany Gedeon Maciel Palácio, coordenadora do Núcleo de Regularização Fundiária da CGJ do Maranhão, falou sobre as normas adotadas pelo Poder Judiciário do estado para facilitar a regularização de terras na área rural.
A Magistrada lembrou da importância de desburocratizar o processo, mas sem abrir mão da segurança e da proteção ao pequeno produtor.
“Importante lembrar: quando falamos de regularização rural, essa ideia de propriedade rural é um pouco diferente da ideia de que a gente conhece pelo Direito Civil. A propriedade rural é estratégica. E por isso, talvez, temos tido mais dificuldade de simplificar os procedimentos e instrumentos jurídicos, para tentar alavancar e tornar a regularização mais eficiente”.
por Escola Nacional da Magistratura, em 14 de dezembro de 2023